As fortes chuvas do fim de semana causaram atrasos na coleta de leite no Rio Grande do Sul, com cerca de 3 milhões de litros deixados de coletar até o domingo (5).
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No entanto, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, garante que não há risco de desabastecimento no varejo ou para o abastecimento das vítimas das inundações.
Segundo Palharini, após a redução do nível das águas no Vale do Taquari e em outras regiões do Rio Grande do Sul, a captação de leite está sendo retomada. Os caminhões estão acessando diversas propriedades e a coleta deve aumentar nos próximos dias.
“As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e os que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, comenta.
Segundo o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, o mais importante nesse momento é preservar vidas e apoiar as famílias atingidas, lembrando que o setor lácteo é um dos mais ramificados da economia gaúcha com atuação em 493 dos 497 municípios gaúchos.
“Estamos preparados para dar aos produtores o suporte necessário para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Se agora estamos em dificuldade devido à ramificação de nossa captação também será ela que irá nos permitir fomentar uma retomada pulverizada do nosso estado”, destaca.
Na indústria, registram-se impactos de abastecimento. Já há falta de produtos como embalagens, itens de limpeza e químicos, uma vez que esses produtos vêm de outras regiões do Brasil e estão retidos nas estradas sem acesso ao Rio Grande do Sul.
O RS é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, contribuindo com cerca de 12,1% da produção (4,2 bilhões de litros em média no triênio 2020-2022).