– O criador não tem dificuldade. Desce, encontra butique, secretaria, diretoria, sala de imprensa. Os pavilhões estão todos lotados e o público está entusiasmado com a raça. A gente espera ter uma excelente semana – aponta.
Os negócios devem movimentar R$ 13 milhões, de acordo com a expectativa da entidade. Os números do primeiro leilão indicam prosperidade, segundo o pecuarista Yuri Engler.
– A média foi de R$ 76 mil com liquidez de 85%. A gente considera boa, porque foram dois embriões entre os lotes. Às vezes, vende um e não vende outro. Acho que foi um excelente resultado. É só entrar aqui no parque todo ano para ver que o momento é bom – diz.
A exposição vai além da avaliação dos animais inscritos. É também uma oportunidade de promover a interação entre os criadores do Brasil e do Exterior. Quatro delegações estrangeiras marcam presença no evento. A norte-americana Lynn Kelly revela que começou a criar cavalos da raça em 2001. Ela relata que compra embriões e sêmen congelados e tem feito bons negócios, conquistando novos criadores nos Estados Unidos.
– Quero aumentar a diversidade genética. Temos apenas 200 animais e cinco criadores que ajudei a iniciar. Se conseguíssemos pelo menos 500, a raça se tornaria mais conhecida, pois quem conhece se apaixona – conta.
O presidente da Associação Argentina do Cavalo Mangalarga Marchador, Carlos di Somma, também aposta no potencial de mercado para a raça no país vizinho.
– Os especialistas, criadores e juízes elogiaram muito o comportamento do animal. A morfologia, o deslocamento dele. Se comparado à raça similar que tem na Argentina, o peruano del paso, quem tem mais rendimento é o mangalarga marchador.