O nome dos animais de elite, em geral, segue uma ordem alfabética. Para cada ano, o criador usa uma letra para iniciar o nome das rezes nascidas na fazenda, mas nem toda letra é fácil de ser usada. Os criadores recorrem a nome de flores, perfumes, lugares, pessoas, adjetivos. A reservada fêmea jovem da Expoinel é uma pedra preciosa, Zafira. A reservada fêmea adulta carrega o nome de uma árvore nativa da áfrica, Mirra. O nome da campeã fêmea adulta, Hempa, também tem história.
Na fazenda Ourofino, além de seguir a ordem das letras do alfabeto e usar o nome das matriarcas, a preferência é por palavras indianas, uma homenagem à origem do gado zebu.
O nome a ser dado a um animal passa pela avaliação do setor de registro da ABCZ e algumas regras precisam ser respeitadas. No registro genealógico de nascimento de um animal tem tudo; nome, data de nascimento, cor da pelagem, criador e proprietário, quando não os mesmos, fazenda, município e claro, toda a genealogia. Depois dos 18 meses, se aprovado na avaliação técnica de acordo com as características da raça, o animal recebe o registro definitivo, o RGD, e a partir de então o nome dele não pode mais ser alterado e segue com ele para o resto da vida.
O nome não é importante apenas para designar o animal entre tantos outros milhões de cabeça de gado. De certa forma é um respeito ao indivíduo e ajuda na relação com o ser humano. Para o tratador Marcelo Vicente de Assis, não há dúvida de que a rês reconhece o nome que é dado a ela e atende sempre que é chamada, principalmente por quem a trata bem.