Na operação deflagrada na segunda, dia 20, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, 16 pessoas foram presas preventivamente e foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em unidades industriais, residências e propriedades rurais. De acordo com o promotor Carlos Alberto Galdino, os presos são acusados de colocar no leite produtos impróprios para o consumo humano, como água oxigenada e soda cáustica.
O MP está agora ouvindo os presos e analisando a documentação apreendida. O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) também está ouvindo testemunhas e outros envolvidos. A etapa deve ser concluída em 10 dias.
– Não descartamos novas prisões. Até o momento, além da adulteração do leite, já identificamos indícios de fraude tributária, documentação falsa e até uso de “laranjas” por parte de empresas envolvidas. O foco da investigação são fraudes praticadas por transportadores, laticínios e queijarias. Essa operação visa intensificar a fiscalização de um setor extremamente importante para o consumidor e para a economia do Estado de Santa Catarina, para que todas as empresas atuem de acordo com as normas – explica o coordenador do Gaeco em Chapecó, Promotor de Justiça Fabiano Baldissarelli.
Confira a lista das empresas suspeitas:
Cordilat / SC Foods – Cordilheira Alta/SC.
Master Milk – Iraí/RS.
Laticínios Oeste Lat – Coronel Freitas/SC
Agro Estrela – Coronel Freitas/SC
Transportes Irmãos Gris – Formosa do Sul/SC.
Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor – Formosa do Sul/SC.
GD Transportes – Formosa do Sul/SC.
Transportes Douglas – Formosa do Sul/SC.
Laticínios Santa Terezinha – Santa Terezinha do Progresso/SC.
Laticínios São Bernardino – São Bernardino/SC
Cooperativa Coopleforsul – Formosa do Sul/SC
Interdição
Ainda na quarta, o Ministério da Agricultura determinou a interdição dos estabelecimentos SC Foods S/A e da Cooperativa dos Produtores de Leite de Formosa do Sul, com base nas investigações da Operação Leite Adulterado III.
De acordo com o Ministério, embora as duas empresas interditadas fossem credenciadas como Fábricas de Laticínios, ambas estavam operando apenas com a refrigeração do leite cru coletado nos produtores e revendendo o produto como Leite Cru Pré-Beneficiado para outros estabelecimentos de processamento.