O resultado ficou aquém do que era esperado em abril, quando a primeira pesquisa apontava intenção de confinar 929,9 mil cabeças, mas ficou acima do segundo estudo, divulgado em agosto, que apontava 740,422 mil bois terminados nesse sistema intensivo de engorda.
Para a Acrimat, a mudança de planejamento dos pecuaristas é decorrente da alta nos preços dos grãos – principal insumo da alimentação de animais – e do mercado futuro de animais.
– Confinar é negócio e, por isso, é preciso analisar a rentabilidade. Por um período acreditou-se que seria viável trocar o pasto pela ração, mas, depois, isso mudou e os custos aumentaram muito. Foi quando os produtores recuaram – afirmou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, em nota.
Neste ano, o custo do confinamento por dia passou de R$ 4,32 por animal em 2011 para R$ 5,28, alta de 22%. A partir de agosto, porém, com uma leve melhora dos preços do boi gordo no mercado futuro, alguns pecuaristas resolveram colocar animais no cocho, o que, de certa forma, adiou a oferta de bois terminados e amenizou, em parte, a queda esperada para o ano. A evolução da participação dos animais confinados nos abates mato-grossenses foi gradativa, sendo que, em julho, 9% do total era de confinamento; em agosto passou para 26%; em setembro 35%; e, em outubro, dos 318 animais abatidos, 36%, ou 180 mil, estavam confinados.
Com relação ao preço, devido ao menor volume de confinados no período de entressafra, a arroba variou positivamente nos últimos meses. Entre agosto e o período de setembro a novembro, o valor aumentou 8%, passando de cerca de R$ 81,00 para R$ 88,00. Entretanto, mesmo com a alta, a arroba não atingiu o patamar de 2011, quando em novembro o valor chegou a R$ 92,00.