— O volume de bois confinados aumentou menos do que a gente esperava — disse André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult, promotora do Rally ao lado da Bigma Consultoria, na coletiva de apresentação de resultados da expedição.
Na edição do ano passado, os pecuaristas entrevistados relataram intenção de confinar 18% mais.
— Observamos que quase metade dos animais confinados já estava no cocho ou terminados. A quantidade de animais engordados nesse sistema intensivo no segundo turno é que foi menor, pelo alto custo dos grãos e preços do boi gordo pouco atrativos. O segundo turno, portanto, foi o que abaixou o porcentual — explicou o sócio-diretor da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira.
Quanto à qualidade do pasto, foi constatado que cerca de 50% das pastagens estão com condições entre boas e ótimas, 31% em condições médias e 19% de pasto em degradação ou já degradado.
TECNOLOGIA
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O Rally da Pecuária também constatou que a atividade está intensificando o uso da tecnologia na produção, mas em ritmo menor que na agricultura.
— A pecuária não está parada, está um pouco atrasada ante o ritmo de avanço da agricultura — Pessôa, em coletiva de apresentação dos resultados da expedição.
Segundo ele, esse uso intensivo da tecnologia se reflete em maior produtividade e melhor remuneração para o pecuarista. Ele reiterou que em 10 anos a agricultura precisará de mais 15,4 milhões de hectares e nesse ritmo de produtividade (uma taxa de ocupação de 1,25 cabeças por hectare ou 3,7 arroba por hectare) a pecuária vai liberar, no mesmo período, somente 8,6 milhões de hectares à agricultura.
O sócio-diretor da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira, também ressaltou que a tendência é do avanço da integração lavoura-pecuária-floresta. Da área de 1,603 milhão de hectares analisados pelo Rally neste ano, 786 mil hectares são de pastagens; 54 mil hectares de volumosos para a seca (suplemento de pastagem usado em períodos de estiagem) e 189 mil hectares de agricultura e floresta.
