As escalas estão bastante heterogêneas em São Paulo e a maioria atende entre dois e quatro dias úteis. O cenário de poucas indústrias fora das compras na sexta, dia 19, mostrou a necessidade de alongar as programações de abate. A referência em São Paulo ficou estável em R$ 99,50/arroba, à vista, e R$ 101,50/arroba, a prazo.
A situação é semelhante em Mato Grosso do Sul, onde boa parte dos frigoríficos paulistas compram boiadas. Há indústrias comprando animais para embarque imediato no Estado vizinho.
No mercado atacadista de carne com osso, a demanda teve ligeiro recuo na semana passada, mas as cotações das peças do traseiro ficaram firmes. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$ 6,42/kg, alta de 3,3% em 30 dias.
Mercado de carne bovina
Apesar do período do mês, típico de redução nas vendas de carne bovina, os preços no mercado atacadista se mantiveram sustentados na última semana. No acumulado do período, embora pouco expressivo, houve reajuste médio de 0,6% nos preços dos cortes.
O comportamento de alta para a arroba do boi gordo, com registro de frigoríficos pagando valores acima de R$ 100,00 em São Paulo durante a semana, faz as indústrias resistirem em reduzir as cotações da carne bovina.
As margens seguem sem força para melhorias e estão no patamar de 20,0% desde o final de março. Há um ano o frigorífico, vendendo a carne desossada, mais subprodutos, couro, sebo e miúdos, obtinha margem de comercialização de 23%.
Além do boi gordo cotado em valor 3,1% menor que o atual, a carne bovina sem osso era comercializada a preços 1% acima, no mesmo período de abril de 2012. As escalas de abate curtas reduzem a oferta de carne e também ajudam a ajustar o mercado atacadista.