De acordo com o Ministério, o resultado apresentado pelo Animal Health and Veterinary Laboratories Agency, localizado em Weybridge, na Inglaterra, reforça a certeza de que o animal não morreu da referida enfermidade. O que foi detectado é que o animal possuía o agente causador da EEB (príon), porém, não manifestou a doença e nem morreu por esta causa.
As investigações epidemiológicas não demonstraram qualquer compatibilidade com um caso clássico da doença, uma vez que o bovino de idade avançada (13 anos) morreu em menos de 24 horas e de forma aguda. Além disso, tratava-se de um animal criado exclusivamente a pasto.
O conjunto de sintomas contraria aqueles da EEB Clássica, caracterizada por apresentar quadros clínicos de até meses, e ocorrendo principalmente em bovinos de até sete anos de idade que consumiram rações contendo farinhas de carne contaminadas com o príon.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Ênio Marques, o Brasil seguiu todos os procedimentos de diagnóstico laboratorial e de investigações epidemiológicas complementares estabelecidos para o caso, tanto aqueles de nível nacional, quanto às diretrizes internacionais definidas pela OIE.
A qualidade do sistema de prevenção da EEB do Brasil é reconhecida internacionalmente pela OIE, que em 2012 incluiu o país na relação de países com “risco insignificante para a EEB”, a melhor categoria mundial possível para essa doença.
A Sociedade Rural Brasileira (SRB) também salientou que a confirmação da presença da proteína do agente causador da doença não representa “risco algum à saúde pública ou à sanidade animal”.
A SRB ressaltou que o país tem a maior parte do rebanho criado à pasto e aplica medidas de fiscalização e contenção de risco recomendadas internacionalmente.
– Reiteramos nossa confiança nos processos de sanidade animal adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pelos pecuaristas e pelas indústrias frigoríficas – declarou a entidade.