A investigação da Polícia Federal em 21 frigoríficos é sobre condutas de agentes públicos ligados à fiscalização da parte burocrática das mercadorias, e não sobre a qualidade dos produtos cárneos consumidos no mercado interno ou exportados. O esclarecimento foi feito nesta quinta-feira, dia 23, pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista a correspondentes estrangeiros por videoconferência.
Maggi destacou também que o governo federal está agindo com total transparência desde o momento em que a PF desencadeou a Operação Carne Fraca, na última sexta-feira (17). “Estamos mostrando tudo o que está sendo investigado e as providências que estamos tomando.” O ministro assinalou ainda que todos servidores citados pela PF foram afastados de suas funções.
De acordo com Maggi, hoje cerca de 5 mil contêineres com produtos cárneos brasileiros estão em navios indo para portos de países importadores. “Já identificamos os contêineres pertencentes a empresas citadas na operação e pedimos para retorná-los ao Brasil antes mesmo de chegar aos portos de destino. Segundo ele, o número de embarcações com produtos dos frigoríficos envolvidos na investigação é pequeno.
Maggi reiterou que o controle de sanidade animal do país é eficiente e robusto. “A investigação não põe em dúvida a qualidade das carnes brasileiras nem o sistema de rastreabilidade.” Ao mesmo temo, ressaltou que Ministério da Agricultura está desenvolvendo ações para dar ainda mais garantias sobre a sanidade e a qualidade das carnes e derivados. “Estamos com uma força-tarefa nas plantas frigoríficas citadas, e também nas demais, repassando todo o nosso sistema para ter certeza absoluta de que o que aconteceu está restrito à parte burocrática.”