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Organização coletiva gera desenvolvimento no Rio Grande do Sul

Famílias que tiverem terras alagadas para construção de hidreléticas, hoje fazem parte de promissora associação de produção leiteiraFamílias que no final dos anos 90 do século XX tiveram suas terras alagadas para construção de hidrelétricas, hoje fazem parte de uma promissora associação no município de Chiapeta (noroeste do RS), que movimenta em torno de R$ 600 mil por mês com a produção leiteira. O volume de negócios equivale ao orçamento do próprio município.

Das 66 famílias do projeto de reassentamento de barragem (PRB) Nova Conquista, 50 estão organizadas de forma associativa e possuem, juntas, um patrimônio avaliado em pouco mais de R$ 1 milhão.

A Associação dos Reassentados de Chiapeta (Archi) recolhe, em média, 750 mil litros de leite por mês. Deste total, 380 mil litros são produzidos internamente e o restante é recebido de outros 160 produtores de assentamentos e cidades vizinhas, como Inhacorá. O leite é vendido diretamente a uma tradicional empresa do ramo, instalada no município de Ijuí (RS).

O presidente da Archi, Maximino Luiz Deparis, observa que a associação fortaleceu a produção, que inicialmente era individual. Havia um grupo de 30 famílias que tiravam entre 300 e 350 litros de leite por mês.

? Cada um entregava para um transportador diferente. Quem pagava melhor, levava. O lucro ia todo para os atravessadores e os produtores não evoluíam. Mas, unidos aumentamos nosso poder de negociação com as grandes empresas ? diz.

Hoje, o faturamento bruto de cada associado é de, aproximadamente, R$ 3,5 mil mensais. O assentado Dirceu Magnaguagno produzia, inicialmente, 12 litros de leite por dia. Agora, chega a tirar 600 litros diariamente, contando com sistema de ordenha completamente mecanizado.

? O atravessador faz com que tu fiques nas mãos dele. Com a associação, o lucro fica para nós. Não é só o recebimento do leite. Temos tudo: insumos, sementes e até a inseminação dos animais ? afirma.

Em 13 anos de existência, a Archi possui infraestrutura completa: sede administrativa, galpões, um automóvel, tratores equipados com implementos agrícolas, caminhões, tanques, posto de resfriamento e inseminadores artificiais para melhoramento genético das vacas. Ainda, emprega diretamente 10 pessoas (filhos de assentados), além de diaristas contratados esporadicamente.

A Associação foi formada durante a seleção das famílias e, atualmente, é responsável não apenas pelo recolhimento (duas vezes por dia) e comercialização do leite, bem como pelo acompanhamento veterinário nas propriedades e pelo serviço de máquinas agrícolas e de água, telefonia e internet. Insumos, ração e combustível também são comprados coletivamente e repassados às famílias.

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