Na área rural de Itatiba, interior de São Paulo, o pecuarista José Nivaldo cavalga avalia o pasto que voltou a ter qualidade com as chuvas mais frequentes. O cenário é bem diferente do ano passado, quando a seca castigou a propriedade.
– Desde o dia 10 de julho não choveu mais. Entrou agosto, setembro e outubro, sempre chovia, mas não choveu. Às vezes, caía uma chuvinha, mas não molhava a terra. O pasto foi acabando e o boi não ganhava peso – relata Nivaldo.
Sem conseguir fazer com que os animais atingissem o peso ideal, o pecuarista vendeu menos. O último lote saiu em novembro com a arroba sendo comercializada a R$ 96,00. Em dezembro, o preço caiu mais uma vez, passando para R$ 95,00 por arroba.
– O pasto fica desidratado e aí a pastagem vai acabando. Não tem pastagem para o boi pegar, o boi não ganha peso e não pode abater – explica.
Com o retorno das chuvas em janeiro, o pasto se recupera aos poucos e o rebanho começa a engordar. Os frigoríficos estão voltando a comprar e, com a queda da oferta em função da redução dos abates, o valor da arroba subiu.
Segundo avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o boi gordo acumula alta de 0,6%, com a arroba sendo negociada a R$ 98,00. Nivaldo está otimista e acredita que o valor pode ficar ainda maior.
– Estamos torcendo para que chegue a R$ 100,00. Aí vende, aí já dá pra trabalhar melhor – afirma o pecuarista.