O aumento do preço dos animais comercializados chegou a 40,5%. Em 2011, a média ficou em R$ 131. Nesta edição, atingiu a marca de R$ 184. De acordo com a presidente do Sindicato Rural, Jaqueline Fagundes Maciel, houve diminuição principalmente do número de fêmeas ofertadas. Isso em razão da retenção de matrizes, estimulada pelo programa Mais Ovinos, do governo do Estado. No ano passado, o programa liberou crédito de mais de R$ 100 milhões para que produtores pudessem manter e ampliar os plantéis.
Para Jaqueline, isso significa que possivelmente em até dois anos será perceptível o aumento do rebanho gaúcho.
– Manter as fêmeas no campo significa que o produtor está querendo aumentar o rebanho, e, em contrapartida, também gerou a valorização das matrizes que foram colocadas à venda, pois com a pouca oferta e muita demanda, o preço acabou subindo. Sem contar a procura por carneiros, também alavancada pela valorização e procura de fêmeas – afirma Jaqueline.
Entre o volume total de negócios, a raça corriedale teve maior destaque. Enquanto no ano passado, conforme Fábio Simoni, sócio de um dos escritórios responsáveis pelos leilões, foram comercializados 60 lotes, a edição 2012 garantiu a venda de 110 lotes.
Proprietário da Cabanha Santa Amália, em Bagé, Paulo Roberto Assunção levou para a feira 11 borregos. Vendeu todos os lotes, a um preço médio de R$ 1.630.
– Foi um valor 20% superior ao que esperávamos – avalia o produtor.
Na Feovelha deste ano, foram registrados também compradores de São Paulo e de Santa Catarina. Conforme o Sindicato Rural de Pinheiro Machado, a preferência foi pelas raças produzidas no Estado, com percentual de gordura maior e mais entremeada na fibra, que tende a deixar a carne mais macia.