Em Mato Grosso do Sul, o clima é de prevenção contra a doença na região de fronteira. As ações para evitar qualquer risco do vírus atingir o rebanho brasileiro foram reforçadas. O Estado tem mais de 600 quilômetros de fronteira seca com o Paraguai. A rua de chão é ladeada por fazendas e a maioria desenvolve a pecuária. No intuito de coibir o trânsito ilegal de animais, equipes volantes da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (IAGRO) percorrem a estrada. Em todos os municípios que estão na faixa de fronteira, postos fixos de controle sanitário foram reforçados. São 15 barreiras ao todo, localizadas em pontos estratégicos.
No entanto, o atual contingente móvel de fiscalização não chega a dez veículos. Em contrapartida, o Exército Brasileiro, em operação contra o contrabando de armas e drogas, está reforçando a atuação no combate ao transporte ilegal de gado. Segurança que tranquiliza o produtor rural Deorando Vieira, que em 2005 teve seu rebanho sacrificado devido aos focos de aftosa que foram registrados no Sul do Estado.
Até a última semana, o boi gordo estava mais valorizado no Paraguai do que no Brasil. A arroba era negociada a preços acima de R$ 100, enquanto do lado brasileiro as cotações giravam em torno de R$ 90. Com a confirmação do foco de febre aftosa a tendência é de que o produto sofra uma grande desvalorização no país vizinho, o que preocupa as autoridades brasileiras que temem eventuais tentativas de contrabando do gado paraguaio para o comércio do Brasil.
Nesta quinta, dia 22, um comitiva com representantes da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Produção e Superintendência Federal de Agricultura irá se reunir com pecuaristas de municípios da faixa de fronteira com o Paraguai. O objetivo é apresentar para os produtores as ações que serão adotadas para manter o rebanho brasileiro livre dos riscos de contaminação com a aftosa. As reuniões ocorrerão em Bela Vista (SP), Ponta Porã (MS) e Eldorado (SP). Na sexta, dia 22, pecuaristas de Amambai (MS) receberão a caravana.
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Confira a localização do distrito onde foi encontrado o foco de febre aftosa: