As ações de controle efetuadas no Paraguai são semelhantes às realizadas no ano de 2005 em Mato Grosso do Sul, quando casos da doença foram registrados na região de fronteira.
Por conta do episódio, pecuaristas brasileiros da região estão apreensivos. O produtor rural José Marcolino da Silva, aos 77 anos, compartilha dessa preocupação.
Apesar de não ter o rebanho contaminado, ele teve de sacrificar cem animais na época, como medida da campanha para eliminar o vírus do Estado. Depois disso, ficou mais de um ano sem poder criar gado na propriedade:
? Eu estava com três encomendas de boi gordo para mandar para o frigorífico, quando tive de abater. Não quero nem saber de uma situação dessas de novo ? conta o criador.
Naquele ano, 34 mil animais foram sacrificados em todo o Estado. Quase 1,3 mil propriedades tiveram de ser interditadas.
Mesmo quem não perdeu animais sentiu os reflexos da crise. Laurindo Gonçalves de Oliveira é um exemplo. Há seis anos, o pecuarista possuía 70 vacas em lactação, que garantiam renda mensal de cerca de R$ 2 mil. Embora não tenha sido obrigado a abater os animais, sua fazenda foi interditada. Com a propriedade bloqueada, o criador não podia vender nem o leite, nem o rebanho.
? Todo mundo fica assombrado com essa situação. Se aparecer algum foco na fronteira, todo mundo vai sofrer. Tem que evitar que entre aqui.
– Entenda a doença em infográfico multimídia.
– Acesse o site especial do RuralBR para o caso. Confira a localização do distrito onde foi encontrado o foco de febre aftosa: