A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) divulgou comunicado à imprensa no qual considera que a paralisação dos caminhoneiros “já perdeu sua legitimidade”. Conforme a entidade, “essa manifestação tem colocado em risco a saúde, a alimentação, a segurança e o bem-estar dos consumidores e dos animais, que dependem de uma inter-relação de serviços e mão de obra de todo o país, cujo cotidiano tem sido severamente afetado”.
A ABCS informa que o impacto para a suinocultura no Brasil, que é o quarto maior produtor mundial da proteína, já atinge 20 milhões de suínos, os quais não estão recebendo alimentação suficiente. Há 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas e mais de 234 mil trabalhadores estão com atividades suspensas.
No comunicado, assinado pelo presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a associação ressalta que a liberação de estradas se faz necessária para evitar maiores problemas com desabastecimento, danos ao meio ambiente e à saúde pública, e ainda que milhões de animais continuem morrendo. “Isso pode gerar o possível fechamento de granjas, agroindústrias e cooperativas, que empregam centenas de milhares de brasileiros e movimentam a economia nacional e internacional, colaborando para o agronegócio brasileiro com um quarto da economia do país”, observa a ABCS.
A entidade conclui afirmando que a busca por direitos legítimos é de todos nós, mas deve ser feita com racionalidade e que o momento é de pensarmos em sobrevivência. “Esperamos o retorno da normalidade, para que nós, os brasileiros que produzem alimento, trabalham duramente e pagam impostos, não sejamos ainda mais penalizados”, completa.
Paralisação 'já perdeu sua legitimidade', diz Associação dos Produtores de Suínos
De acordo com comunicado da entidade, manifestação de caminhoneiros coloca em risco saúde, alimentação, segurança e bem-estar de consumidores e animais