? O programa tem como objetivo baixar a incidência destas enfermidades e certificar o maior número possível de propriedades, visando ofertar ao consumidor produtos de baixo risco sanitário, pois ambas são zoonoses e representam riscos ao homem ? afirma Mariza.
Atualmente a brucelose apresenta uma incidência de 1,73% de animais positivos em 4,01% das propriedades. E a tuberculose apresenta uma incidência de 0,41% de animais positivos em 2,33% das propriedades. Com o rebanho de bovinos com 9,2 milhões de cabeças, são 160 mil animais com brucelose e 37,7 mil cabeças com tuberculose.
O documento que atesta a existência ou não destas enfermidades é concedido aos produtores que fizeram os exames conforme rege o regulamento Técnico do Programa Estadual/Nacional, feita pela Seab e Mapa.
? Os animais da propriedade passam por três etapas de exames para que sejam certificados como livre das doenças. Na primeira são realizados, num mesmo dia, exames de brucelose (sorológico AAT) e tuberculose (teste intradérmico TCS). Cerca de três meses depois fazemos a segunda etapa de exames e, após seis meses, a terceira. A propriedade é certificada como ‘livre’ apenas se todos os exames forem negativos ? informa.
Para prevenir a brucelose, é necessária a vacinação das bezerras com idade entre três e oito meses. Para esse controle, o proprietário deve comprovar, semestralmente, a vacinação do seu rebanho para controle da Seab. Em 2010 mais de 662 mil bezerras foram vacinadas em 106 mil propriedades. Isto representa 63,8% das bezerras vacinadas e 47,5% dos rebanhos vacinados.
Doença
A brucelose é causada pela bactéria Brucella, que provoca aborto e risco à saúde humana por meio de ingestão de leite ou contato direto com animais contaminados. Para eliminar a bactéria que causa a enfermidade, recomenda-se sempre o consumo de leite pasteurizado ou bem fervido. O animal com brucelose já instalada precisa ser sacrificado.
Para a tuberculose não há vacinação, sendo necessário eliminar os animais para evitar a contaminação no ser humano, especialmente do produtor que lida diretamente com o animal. A enfermidade, provocada pela bactéria Mycobacteriun, também prejudica a qualidade do leite.
Certificação
A certificação determinada como livre é indicada para propriedades de criação de gado leiteiro. E a certificação como área monitorada é indicada para propriedade de gado de corte. A última placa foi entregue no dia 11 de maio pelo diretor geral da Seab, Otamir Cesar Martins, em uma propriedade de Maringá.
? O certificado emitido pela Seab/Mapa tem duração de um ano, quando então deve ser renovado ? explica Mariza.
As próximas certificações serão entregues no dia 25 de maio para cinco proprietários de Toledo.