O Paraná tem 9,6 milhões de cabeças de gado. Em 2005, com a decretação da febre aftosa no Estado, mais de quatro mil animais foram sacrificados e as exportações ficaram suspensas. Porém, a maioria dos pecuaristas paranaenses sempre contestou a presença da doença.
Há 40 anos, o Paraná promove campanhas de vacinação contra a febre aftosa em duas etapas, uma em maio, outra em novembro. O governo do Estado acredita que fez a lição de casa e pode garantir a sanidade do rebanho.
A Secretaria de Agricultura informou que, desde 2005, quando foi decretada a doença no Estado, iniciou uma reforma na infraestrutura de fiscalização. Contratou mais técnicos e veterinários e adquiriu novos equipamentos, tanto para os postos interestaduais, como para os de fronteira. Por isso, os produtores acreditam que o Ministério da Agricultura vai acatar o pedido de suspensão das campanhas de vacinação no Paraná.
? Hoje o Paraná está aparelhado e com um sistema de vigilância sanitária que é modelo para o país. E, começar com um Estado como o Paraná, que tem divisa com o Paraguai, divisa seca, é um desafio muito grande e que tem que ser feito. Eu acho que isso vai engrandecer a pecuária do Brasil, podendo até atingir outros Estados com o status de livre de aftosa sem vacinação ? disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte, André Carioba.
No ano passado, o Paraná exportou 18 mil toneladas de carne bovina, perto de US$ 54 milhões, ou 1,5% do total nacional. Porém, o status de livre de aftosa sem vacinação pode beneficiar toda a cadeia produtiva da carne. A exportação de aves atingiu US$ 924 milhões, com 613 mil toneladas comercializadas e o setor de suínos vendeu ao mercado externo 566 mil toneladas, mais de US$ 1 bilhão em receita.