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Paraná fecha três barreiras sanitárias

Problema pode comprometer o controle da febre aftosaPor falta de funcionários, o governo do Paraná fechou três barreiras sanitárias no Estado. Atualmente, 600 fiscais trabalham nas barreiras, mas a defasagem no setor é de mais de 500 técnicos e pelo menos 20 agrônomos e veterinários. O problema pode comprometer inclusive o da febre aftosa.

Em um posto fiscal na divisa do Paraná com o Estado de São Paulo, por exemplo, a imagem é de abandono. Do lado de fora, a grama está alta. Dentro, salas vazias. A mobília e os equipamentos foram retirados por falta de segurança. Não há pessoal técnico, nem apoio policial. O posto deveria funcionar 24 horas, mas um agrônomo de outro setor fica no local só por duas horas. Ele alterna o trabalho com um veterinário e somente durante o dia. É o que o governo do Estado estabeleceu como os “postos volantes”.

Este revezamento de profissionais tenta impedir que o posto fiscal pare de vez. Se a barreira sanitária fechar por completo, abre a rodovia por 24 horas, para a passagem de animais e vegetais sem qualquer controle. Outras duas barreiras do Paraná, na divisa com Santa Catarina, estão na mesma situação. Mas a maioria das 31 barreiras sanitárias do Estado está sem estrutura de pessoal e de equipamentos.

Doenças e pragas de Citrus, por exemplo, podem entrar no Estado. Mas a grande preocupação é com a febre aftosa. O fechamento dos postos fiscais pode comprometer o monitoramento contra a doença. No ano passado, o Paraná chegou a pedir ao Ministério da Agricultura o fim da imunização obrigatória do rebanho. O salário baixo e a falta de um quadro de carreira seriam as causas do desinteresse pelas vagas.

Segundo o governo do Estado, 194 aprovados em concursos anteriores foram chamados e existe verba para as contratações, mas não há prazo para que eles assumam suas funções. A categoria também espera ser transferida para a futura agência de defesa agropecuária do Paraná, uma autarquia em fase de discussão. Entre as vantagens estaria a independência financeira e administrativa em relação ao estado e mais perspectiva profissional.

? Existe a perspectiva de criação da agência, que vem de longa data. Existe um projeto informal pronto. Na formatação desse projeto, aconteceram alguns entraves burocráticos que estamos tentando resolver. Hoje, nós estamos no Defis, a nossa luta é o pessoal ser transposto para a Agência de Defesa Agropecuária, criando-se, aí, a carreira de fiscal agropecuário dentro da Agência. É essa a nossa luta ? afirma Carlos Alberto Bonezzi, supervisor do Defis/Seab Londrina.

Os fiscais agropecuários do Paraná chegaram a avaliar uma proposta de greve, mas decidiram continuar trabalhando e acompanhar as discussões sobre a criação da agência.

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