O objetivo desta campanha é vacinar os animais para manter o atual de status de área livre de febre aftosa com vacinação.
? O governo do Paraná está adotando todas as medidas necessárias e preparatórias para a conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, conforme compromisso assumido pelo governador Beto Richa ? destacou o secretário.
O secretário informou que nos próximos dias serão enviados à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná três projetos de lei. Um deles cria a Agência de Defesa Agropecuária; outro cria a carreira de fiscal agropecuário e um terceiro propõe a solução para uma pendência do fundo garantidor, para pagar indenizações em casos de abates sanitários.
Para cumprir os compromissos junto ao setor produtivo, o governo vai nomear 550 fiscais agropecuários, todos servidores efetivos aprovados em concurso público.
? Esses servidores não serão contratados em regime temporário, como fez o último governo ? disse Ortigara.
A secretaria também vai adequar as 31 barreiras interestaduais atuais para controlar a fiscalização da movimentação de animais.
O secretário conclamou todos os proprietários a vacinar seus rebanhos, uma ação importantíssima para o sucesso da campanha contra a aftosa e para o futuro da economia do Estado e pediu a colaboração de todos os conselhos municipais de sanidade agropecuária, das secretarias municipais de agricultura, sindicatos, cooperativas, sociedades rurais e dos produtores rurais para participarem efetivamente da campanha de vacinação.
MERCADO
A ocorrência da doença, ou o não reconhecimento do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação, limita o acesso da produção paranaense aos mercados mundiais, com a perda de grandes oportunidades comerciais. Desde 2000, o Paraná é considerado área livre de febre aftosa com vacinação, status que foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura e pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). O episódio ocorrido em 2005, quando foi constatada a existência do vírus no Paraná, causou grande prejuízo aos produtores e à economia do estado.
Além da vacinação, é exigida também a comprovação do rebanho junto à Seab para a atualização do cadastro do produtor. A lei impõe uma multa de R$ 96,09 por animal não vacinado. Quem não vacinar e não comprovar os animais que tem na propriedade, fica impedido de retirar a Guia de Trânsito Animal ? GTA, documento emitido pelo Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis), que permite a venda ou transferência do rebanho.
? O pecuarista quer ampliar o seu mercado, vender seu produto para todos os países. E o mundo faz restrições a países que ainda manifestam a doença, o que resulta em perda de preço e oportunidades ? avaliou Marcos Epp, dono da propriedade onde ocorreu o lançamento da campanha.
SEGURANÇA
Parceira da Secretaria da Agricultura em todas as campanhas de vacinação, a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), tem investido no desenvolvimento dos aspectos sanitários.
? Notamos uma melhoria na assistência prestada pelo atual governo ao setor. Há a compreensão de que obter o reconhecimento do rebanho livre da aftosa sem vacinação reforça a idoniedade sanitária e a segurança do produto paranaense, o que se reflete como dinheiro no bolso do produtor e na economia paranaense ? avaliou João Luiz Biscaia, representante da Faep.
O secretário da Agricultura Norberto Ortigara reiterou o compromisso do governo em atuar com competência e efetividade na defesa sanitária do estado.
? Estamos fazendo a nossa parte. E o produtor, pequeno ou grande, deve ser consciente da importância de fazer a dele, para que o Paraná obtenha essa conquista ? disse ele.