Parceria com fazendeiros e frigorífico destaca confinamento no interior de São Paulo

Pecuarista de Barretos destaca negócio pela tecnologia e gestãoUm confinamento do município de Barretos, no interior de São Paulo, adotou um sistema diferenciado para gestão dos negócios e está obtendo sucesso. O pecuarista tem parceria com outros fazendeiros e também com o frigorífico, formando uma triangulação. O negócio se destaca também pela tecnologia e gestão.

O Confinamento Monte Alegre fica a oito quilômetros de Barretos e possui uma estrutura organizada, com equipamentos modernos e resultados bons. A média de ganho de peso fica em torno de 1.650 kg/dia, efeito de uma dieta com sete tipos de nutrientes bem misturados ao bagaço de cana-de-açúcar.

Os cochos têm sensores que marcam quantos quilos de alimento foram despejados pelo caminhão. Cada animal consome cerca de 15 quilos de comida por dia. A fazenda recebe cerca de 1,1 mil animais por semana, com 13 arrobas e inteiros. Não existe uma regra específica sobre a quantidade, mas pede-se que cada pecuarista mande pelo menos 100 bois por período. Antes de entrarem nos currais de engorda, onde ficam cerca de 100 dias, os animais são vacinados e identificados com brincos com o número de cadastro do confinamento e também o registro no Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).

Todo o aparato atende a 81 fazendeiros, parceiros da fazenda Monte Alegre. O confinamento ocupa uma área de 50 hectares, com capacidade estática para 16 mil bois. Cerca de 25% desses animais são da fazenda e 75% são dos pecuaristas parceiros, que são criadores da região e também dos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Todo o gado, depois da engorda, vai direto para o frigorífico.

O modelo é chamado de triangulação. A Monte Alegre oferece a estrutura, a mão de obra e o gerenciamento do projeto. Os pecuaristas negociam com o frigorífico e depois mandam os animais para o confinamento. Pode ser na modalidade de parceria, na qual os criadores participam na valorização da arroba, mas não no ganho de peso, ou no sistema de boitel, no qual pagam diárias. O frigorífico tem preferência na hora da compra e, assim, mais garantia de matéria-prima para a indústria.