Outros fatores fortalecem essa tendência como preços robustos na pecuária de corte, franca expansão industrial no setor lácteo e um mercado de cavalos que movimenta cifras astronômicas. A safra farta e o crédito superior a R$ 220 milhões nos bancos sustentam o bom astral do secretário da Agricultura, João Carlos Machado.
Mas há também nuvens no horizonte, questões por resolver como as restrições de crédito nos bancos para quem irá renegociar dívidas e a escalada do custos frente à incerteza do comportamento dos preços futuros, atrelados ao mercado internacional. Motivos suficientes, segundo Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Estado, para cautela na hora de fechar negócio.
? Ainda não temos tranqüilidade suficiente para planejar investimentos ? diz.
O dirigente critica o governo federal pela inércia para frear a disparada do preço dos insumos, apesar de, nesta semana, a Câmara de Comércio Exterior ter zerado o imposto de importação de ácidos sulfúrico e fosfórico, usados na produção desses produtos. E reclama da renegociação da dívida. Entretanto, o descontentamento não chegará a conversa com o vice-presidente José Alencar, que será homenageado neste domingo.