Participação de suínos na Expointer ainda é dúvida

Ministério da Agricultura ainda deve fazer análise da questãoA participação dos suínos na Expointer deste ano vai depender de uma análise do Ministério da Agricultura em Brasília e consequentemente da cadeia produtiva. A reunião realizada nesta terça, dia 9, que definiria a questão, acabou apenas com um encaminhamento.

Depois da reunião, a cadeia produtiva propôs flexibilidade na Instrução Normativa 19, que impede o retorno dos animais à propriedade de origem após as exposições. O pedido foi protocolado ao Ministério da Agricultura.

? Eles estão propondo uma quarentena de animais, daqueles que não forem vendidos no evento, em uma granja com biosegurança, numa propriedade alternativa. Ali eles fariam todos os testes e depois retornariam à granja de origem ? relata o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, Eraldo Leão Marques.

A proposta feita por parte dos expositores é exatamente o que a legislação vigente proíbe desde 2002.

? No caso das exposições, todos os animais que chegam a elas são animais provenientes de granjas que dão a garantia de que os animais são livres de peste suína clássica, sarna suína, leptospirose, brucelose e tuberculose. Porque quando eles são provenientes das granjas certificadas eles já têm essa garantia, só que uma vez estando num local público, com menor segurança, se perde essa garantia ? explica o fiscal federal agropecuário responsável pelo Programa Sanidade Suína no RS, Edison Eckert Fauth.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento no Estado, a norma visa manter a cadeia produtiva de suínos com segurança, evitando não só as perdas na produção, como também os prejuízos comerciais.

? Toda vez que se define uma norma é possível que alguma coisa não tenha sido prevista. Com o andamento de todo um processo às vezes se verifica alguma brecha, alguma situação que não havia sido prevista e os organismos internacionais geralmente percebem isto. Então o Ministério tem o dever de ficar sempre procurando descobrir quais as possíveis brechas para que o sistema seja cada vez mais confiável. Então nós temos que apresentar as garantias do que está sendo feito ? relata o fiscal federal agropecuário Gilson Renato de Souza.

De acordo com a superintendência do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento do Rio Grande do Sul, a resposta de Brasília deve ser dada ainda nesta semana.