MT passa por auditoria para reconhecimento como zona livre de peste suína

Status abre portas para a exportação e confere selo de sanidade à suinocultura. Outras 13 unidades da federação buscam o reconhecimento, que já foi alcançado por RS e SC

Postos de fiscalização interestadual em Mato Grosso estão sendo vistoriados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta semana. O objetivo é avaliar se o estado está cumprindo os requisitos da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o pleito de reconhecimento internacional de zona livre da peste suína clássica (PSC).

De acordo com o fiscal federal Roberto Hausen Messerschmidt, que está realizando as visitas, alcançar esse status é importante porque abre portas para a exportação. Além disso, a certificação também confere um selo de sanidade à suinocultura do estado. 

– Isso pode, claramente, melhorar a remuneração e ampliar cada vez mais os mercados que Mato Grosso já tem, para novas divisas, novos mercados – afirmou o fiscal do Mapa.

Mato Grosso é o quinto maior produtor brasileiro de suínos, com mais de 2 milhões de cabeças, 80% delas em granjas comerciais.

Processo

Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram reconhecidos internacionalmente como zonas livres de PSC em maio deste ano. Além de Mato Grosso, outras 13 unidades da federação buscam essa posição: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Distrito Federal.

No mês passado,  em Brasília, representantes do ministério apresentaram o que cada unidade precisava para o pleito do status. Para Mato Grosso faltava apenas ampliar a área de fiscalização interestadual

– Foi realizada uma força tarefa para a abertura de um posto fiscal em Guarantã do Norte, na divisa com o Pará. Por meio de convênio com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) foi possível abrir o posto que, a princípio, funcionará em containers – disse o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Guilherme Linares Nolasco.