Nem pense em criar cavalo sem ter uma pastagem de qualidade, orienta o doutor em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Esalq) Claudio Haddad.
“Existe uma correlação dos criadores de cavalos, as pastagens e o equilíbrio emocional dos animais. Os cavalos mais premiados, mais esportistas e vencedores, são aqueles oriundos de áreas que receberam mais atenção com o pasto. A dica é garantir que o animal tenha acesso à pastagem, para que ele se sinta nutricional e psicologicamente bem”, diz Haddad.
O pasto é o modo mais barato de produzir um cavalo. “O animal tem um custo de produção de 35% a 40% menor, uma economia maior do que em muitos outros países. Quando as pastagens perdem produção e valor nutritivo na seca, entramos com os demais volumosos que complementam a dieta como o feno de gramínea, de alfafa”, afirma.
De acordo com o professor, na década de 1990, o cavalo era refúgio da moeda. “Naquela época o mercado de equinos alcançou um ápice, a procura foi muito grande. A inflação era elevada e o animal valorizava mais do que do dólar. Hoje o mercado é bom para quem produz com qualidade. Ele passou a ter o real valor, em outras palavras, para ser bom, tem que ter mérito”, conta.
“Existe maior ou menor profissionalismo entre as raças. Cada uma delas tem características muito específicas, a escolha vai depender muito do que se procura, mas tem para todo mundo, gostos e preços”.