As biotecnologias da reprodução, como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), estão ganhando destaque na pecuária de corte, combinando produtividade com bem-estar animal para gerar resultados eficientes aos pecuaristas.
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No quadro “Raio-X da Pecuária” da semana, a médica-veterinária Fernanda Sousa discutiu as vantagens e protocolos desta tecnologia.
Vantagens da inseminação artificial em tempo fixo
Sousa explicou que a IATF permite uma maior concentração dos animais para reprodução no mesmo período, facilitando o manejo e o planejamento da propriedade. Além disso, proporciona melhoramentos genéticos, aumentando a produtividade e os lucros dos pecuaristas.
“Esse método também traz mais economia no manejo reprodutivo, aumenta a taxa de prenhez, diminui o intervalo entre partos e padroniza o rebanho e a carcaça no momento do abate”, destacou.
Protocolos e aplicação
Os protocolos mais utilizados na IATF envolvem a aplicação de hormônios e dispositivos de progesterona. No dia zero, é aplicado benzoato e colocado o dispositivo de progesterona na fêmea. Após sete a nove dias, o dispositivo é retirado e outros hormônios, como cipionato, eCG e prostaglandina, são aplicados para estimular a ovulação.
“Após 48 horas, é feita a inseminação artificial e recomenda-se o uso de GnRH para melhorar a fertilidade do animal”, explicou Fernanda.
Iniciando a IATF na propriedade
Para começar a utilizar a IATF, é fundamental ter a identificação correta dos animais, divisão dos pastos por categoria, e estrutura adequada, incluindo tronco para manejo, curral com energia elétrica e iluminação, e geladeira para armazenamento de produtos refrigerados.
“Trabalhar com profissionais capacitados e ter uma equipe bem treinada é crucial para o sucesso do processo”, ressaltou Fernanda.
Impacto na produção
A adoção da IATF tem mostrado resultados positivos na produção pecuária. Com maior controle sobre o ganho de peso e a eliminação da detecção de cio na monta natural, os pecuaristas conseguem melhorar os índices produtivos e aumentar a lucratividade.
“É uma ferramenta poderosa para quem busca aprimorar a qualidade e a eficiência na produção de leite e carne”, concluiu a veterinária.