? O gado não é o grande vilão da destruição da camada de ozônio ? afirmou o representante do Laboratório de Bioquímica Ambiental do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da universidade, Marcelo Galdos.
Segundo o pesquisador, ao considerar todos os gases de efeito estufa, como gás carbônico, óxido nitroso e metano, a agropecuária representa apenas 20% do total da emissão mundial.
? Há uma distorção dessa imagem do gado como grande emissor. Existe gente querendo parar de comer carne achando que vai ajudar o meio ambiente, quando, na verdade, se estivesse mudando seus hábitos, inclusive de transporte, poderia ter impacto ainda maior ? disse Galdo.
O estudo aponta ainda que a pecuária intensiva, feita com manejo correto, pode gerar energia. O confinamento, onde há grande quantidade de gado em espaço reduzido, é visto como alternativa. Isso porque a concentração de resíduos (esterco) pode ser transformada em energia por meio da biodigestão.
? Esse metano, que iria para a atmosfera pela decomposição desse resíduo pode ser usado para gerar energia, substituindo outras fontes ? explicou Marcelo Galdos.