A distribuição de milho para atender os criadores cearenses está atrasada por causa das dificuldades logísticas enfrentadas pela Conab para remover o cereal que está depositado na região Centro-Oeste. A nova Lei dos Caminhoneiros, que elevou os custos de setor de transportes, e a dificuldade das empresas em obter frete de retorno são alguns dos fatores que limitam a remoção do milho para venda aos pequenos criadores a preços subsidiados.
O vice-presidente da Faec, Paulo Helder de Alencar Braga, disse em entrevista à Agencia Estado que o problema de logística de fato existe, mas observa que a situação está sendo contornada para atender criadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, enquanto no Ceará persiste o déficit no abastecimento, provocado pela longa seca que castiga a região Nordeste. Segundo dados da Faec, a demanda mensal dos criadores cearenses é de 25 mil a 35 mil toneladas de milho, mas as entregas da Conab não chegam a 2 mil toneladas por mês.