Cada dose está sendo vendida a R$ 1,49, quando o valor médio era de R$ 1,12 em 2010. Com este aumento, os produtores devem gastar cerca de R$ 19,4 milhões para vacinar o rebanho, R$ 7 milhões a mais do que o valor desembolsado na etapa de maio do ano passado. Esta diferença é resultado do reajuste, mas também do aumento do número de animais que devem ser imunizados, pelo menos 2 milhões de bovinos a mais que na primeira campanha de 2010.
O produtor que não vacinar o rebanho será penalizado com multa de R$ 87,05 por animal. O pecuarista Júlio Rocha Ferraz deve vacinar pelo menos 35% do rebanho e considera que a participação consciente do produtor é o caminho para buscar um status sanitário melhor.
O Mato Grosso não registra casos de febre aftosa há 15 anos. Para manter esta condição,um trabalho na faixa de fronteira com a Bolívia será feito pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea – MT). De acordo com a coordenadora do Indea, Daniella Soares de Almeida Bueno, 21 equipes de técnicos estão na região de fronteira desde o fim de abril e estão vacinando o gado na região e nas propriedades que estão em uma faixa de 15 quilômetros da fronteira com a Bolívia.
Além dos pecuaristas mato-grossenses, produtores de outros 22 Estados e do Distrito Federal também estão vacinando o rebanho. A faixa etária dos animais imunizados varia de acordo com o calendário definido pelo Ministério da Agricultura. Assim como em Mato Grosso, a Vacinação é parcial em São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Nestes Estados, apenas animais até 24 meses de idade recebem a vacina. Para o restante do país, com exceção de Roraima, Rondônia e Santa Catarina, a cobertura é completa.