– O produto é usado com segurança em várias categorias de animais. Nós podemos usar nos bezerros, nas vacas paridas, em ovilhos de recria e o período de carência de 135 dias tem que ser observado única e exclusivamente antes do abate. Por que tirar do mercado um produto que poderia ser usado em toda vida do animal somente por causa dos animais que vão para o abate? O que nós observamos é que um ou outro produtor que não observa o período de carência, para esse existe um exame no Brasil que comprova se foi feito o período de carência ou não. Esse produtor sim tem que receber as medidas, não a sociedade como um todo – diz o diretor da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco de Sales.
O grupo volta a se reunir na próxima segunda, dia 16, em Brasília, para discutir e formular um documento com sugestões que serão encaminhadas ao ministro Neri Geller.
– Ele sugeriu que nos fizéssemos um grupo de trabalho e pretendemos fazer a sugestão de como deve ser normatizado o uso, porque o problema não está no produto, mas na observação da carência. Então nós vamos elaborar um documento sugerindo de que forma esse medicamento pode ser regulamentado – diz Sales.
Mais cedo, o consultor técnico da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) Ênio Marques havia dito que o ministro justificou durante o encontro que a decisão de suspender o uso de avermectina de longa ação foi tomada para não prejudicar as exportações aos Estados Unidos.