A Famasul e representantes dos criadores entregaram um ofício à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), no qual pedem que a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) acompanhe de perto a vacinação nas fazendas invadidas.
Segundo a Famasul, pela manhã os produtores e os dirigentes da entidade se reuniram com a secretária da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa, e representantes da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Superintendência do Ministério da Agricultura (SFA) e do Iagro para “cobrar ações do poder público em relação a mais esse litígio no Estado”.
A entidade lembra que, na semana passada, sete propriedades foram invadidas na região pantaneira de Mato Grosso do Sul e pelo menos outras cinco já tiveram sua invasão anunciada pelos indígenas que habitam a Reserva Kadwéu para os próximos dias. Relata ainda que com as últimas invasões 60 propriedades estão ocupadas pelos indígenas no Estado.
Na nota, a Famasul também afirma que a reserva indígena, homologada em 1903, tem 373 mil hectares nos limites do município de Porto Murtinho e abriga cerca de quatro mil indígenas. “A pretensão dos integrantes da etnia é de ampliar em mais 155 mil hectares a área da reserva, pertencente ao município pantaneiro de Corumbá”. A entidade observa que sobre a área existe uma ação demarcatória que se encontra sob judice no Supremo Tribunal Federal.
O advogado Carlos Fernando de Souza, representante de um grupo de produtores, calcula que cerca de 30 propriedades estão ameaçadas pela intenção de ampliar a reserva. O rebanho estimado na área pretendida para ampliação da reserva é de 20 mil cabeças de bovinos.