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Pecuaristas de Minas Gerais apostam em valorização no preço do leite ao produtor

Pesquisa do Cepea aponta aumento de 2% no valor pago em março, em relação a fevereiroO preço médio pago pelo leite ao produtor registrou crescimento de 2% em março, em relação a fevereiro, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na média, o valor do litro ficou em R$ 0,85 nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Conforme a entidade, o aumento se deve à menor oferta do produto nas principais bacias leiteiras do país. Em Minas Gerais, os produtores acreditam em aumento na próxima entrega. 

O produtor de leite Iraci Ferreira Primo afirma que investe fortemente na produtividade da fazenda. No último ano, diz ter realizado um salto de 400 para 700 litros por dia. Segundo o pecuarista, a expectativa é de aumento no peço já na próxima entrega.

– O preço o está bom, não dá para dizer que está ruim. Mas eu espero chegar ao menos à margem de R$ 0,90 a R$ 1,00 – comenta.

Já a produtora Leila Borges de Araújo, conta que mudou de laticínio para tentar preços melhores, uma vez que recebeu na última remessa R$ 0,75 pelo litro.  Ela reclama receber sempre abaixo da média das principais regiões produtoras do país.

– Isso dá uma diferença, pelo volume de leite que eu entrego, de um salário mínimo, então eu tenho que mudar. Com o primeiro tive prejuízo. Não me pagou. O segundo, eu acho que, pela qualidade do meu leite, eu deveria receber mais. Eu já passei para o terceiro e, se não me pagar, vou passar para o quarto – aponta.   

Com a evolução do manejo no rebanho, praticamente não existe mais a divisão safra e entressafra. A produção de leite apresenta estabilidade durante o ano e os produtores enfrentam épocas de custo mais alto que o mercado vem absorvendo. O que não muda na prática é a influência do preço do leite em toda cadeia produtiva até na ponta da pirâmide, a venda de genética.

– A gente que trabalha com genética vê que isso é muito sensível. Na venda de tourinhos, quando o mercado está aquecido, principalmente os tourinhos melhoradores de alta produção, existe uma procura bem correlacionada com o preço do produto. Quando o valor fica abaixo do desejável, esses compradores somem – pontua o pecuarista João machado Prata.

Prata trabalha com genética de Gir e diz que o preço deveria influenciar menos na hora de o produtor investir para melhorar a produtividade. Segundo ele, falta planejamento a longo prazo, já que o mercado é feito de ciclos.

– Dentro de uma safra posterior, a gente falava em sete anos de vaca gorda e sete anos de vaca magra. Hoje passou para dois anos e meio de vaca gorda e dois anos e meio de vaca magra. Então, isso tem esta correlação, então quando o elemento deixa de usar melhoradores, seja para corte ou leite, ele provoca um choque futuro dentro dessa produção. Às vezes, nós poderemos passar para três anos de vaca gorda e três de vaca magra e não os dois e meio – discorre.

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