A vacinação será realizada nos municípios de Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Cáceres. Devem ser imunizados bovinos e bubalinos de zero a 12 meses de idade que estão nas 584 propriedades localizadas numa faixa de 15 quilômetros da fronteira com a Bolívia. A previsão é de que 110 mil animais recebam a dose extra da vacina.
? Esta ação é uma das mais importantes que o governo do Mato Grosso realiza contra a febre aftosa. Ela é fundamental para que o estado se mantenha livre da doença ? afirma Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Supervisão do Ministério
Para garantir a eficiência da campanha, a vacinação será feita com agulha oficial. Ou seja, os trabalhos serão realizados pelos técnicos do instituto de defesa agropecuária do Estado, sob supervisão do Ministério da Agricultura. Além disso, os pecuaristas da região não terão que comprar as vacinas, que vão ser doadas pelo Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa).
Os trabalhos seguirão até o dia 28 de fevereiro. A meta é repetir o desempenho do ano passado, quando a vacinação na faixa de fronteira atingiu 100% dos animais com menos de um ano.
? A fronteira é uma região que precisa de atenção especial, é a única região do Estado que tem esta etapa, e recebe uma vacinação totalmente oficial, com supervisão técnica e sem custos para os produtores ? explica Vacari.
Para o pecuarista Luiz Carlos Meister, que tem uma propriedade na região central do Estado, reforçar o controle sanitário na fronteira com a Bolívia é fundamental.
? É extremamente fundamental para todas as regiões de Mato Grosso. É uma região sensível, que existe risco. Eu acredito até que deveríamos também nos juntar a Mato Grosso do Sul e fazer uma zona de alta vigilância sanitária também com Rondônia, para assim nos blindarmos ainda mais contra a doença ? reivindica Meister.
Em janeiro, Mato Grosso comemorou 15 anos sem registrar casos de febre aftosa. Já a Bolívia registrou o último caso da doença em 2007.