Associações ligadas à pecuária de corte de Mato Grosso reivindicam a manutenção da alíquota menor do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para saída de gado vivo a ser abatido em outro estado. O governo local reduziu essa taxa de 7% para 4% no período de 1º de julho a 30 de setembro, para diminuir a pressão da oferta, depois que eventos como a operação Carne Fraca derrubaram o preço da arroba. Outras unidades federativas com vocação pecuária também seguiram a mesma medida.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) protocolou na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) um ofício solicitando que o ICMS menor seja mantido nos próximos seis meses. Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) fez o mesmo pleito, com prazo até 31 dezembro.
“Com mais concorrência, a indústria remunerou melhor o produtor, aumentou a produção, e Mato Grosso, ao invés de enviar produto in natura, vendeu com valor agregado”, disse, em nota, o presidente da Acrimat, Marco Túlio. Para a Famato, a medida permitiria ao produtor melhores condições para negociar com os poucos frigoríficos que atuam na região.
“Apesar da retomada de mercados e crescimento no volume de vendas, o valor da arroba não cresce no mesmo ritmo”, afirmou a Acrimat. Em setembro do ano passado, a arroba do boi era comercializada a R$ 132 na última semana do mês, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).