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Peões aprovam uso de capacete no rodeio de Itu (SP)

Competidores concordam que medida reforça a segurança durante as provasQue é preciso coragem para encarar a montaria nos rodeios todo mundo concorda, mas em Itu, no interior paulista, os peões contam com aliados para que as provas sejam menos arriscadas. No rodeio realizado na cidade neste mês, colete e capacete são de uso obrigatório. A iniciativa, pioneira em todo o país, é do diretor técnico do evento, Luiz Fernando Teochi, que também é médico ortopedista e especialista em medicina esportiva com foco em rodeios.

– O rodeio é um esporte com grande número de lesões – afirma Teochi. A ideia do uso de proteção em peões surgiu a partir das fraturas que ele viu em seus pacientes e também de estudos realizados no mundo todo.

Reginaldo da Silva é peão há uma década e desde que sofreu um acidente, há oito anos, ele usa o capacete em todos os rodeios, então para ele não há novidade.

– Tomei uma cabeçada e fiquei cerca de uma hora e meia desacordado. Daquele dia para frente, resolvi sempre montar de capacete, já ocorreram várias pancadas no rosto, mas graças a Deus nunca tive nenhum tipo de fratura.

Já Silvanei de Carvalho Dias, peão há 14 anos, ganhador de vários prêmios nacionais e campeão do prêmio de Las Vegas duas vezes, aceitou utilizar porque é obrigatório, mas não pretende seguir acompanhado do capacete em outras provas. Mesmo assim, ele concorda que o uso pode evitar fraturas e melhorar a qualidade de vida dos peões.

– Para mim, não há necessidade de usar, eu acostumei assim e prefiro terminar assim. Mas eu sempre aconselho para quem está começando usar capacete, porque você acostuma – afirma o peão.

Antes de entrar na pista, nada mudou: na preparação, todos continuam com os tradicionais chapéus que completam o figurino tradicional do rodeio. Na hora de entrar no brete, porém, os peões trocam os chapéus pelo capacete, e concordam que, com a medida, a segurança dos competidores é reforçada.

– Eu já tive duas fraturas no rosto embaixo do olho, já quebrei o nariz, já tive cinco cortes embaixo do queixo e acredito que, se eu estivesse com capacete, não teria acontecido nada disso – afirma Carvalho Dias.

Reginaldo da Silva também aconselha o uso dos novos equipamentos.

– Eu aconselho hoje quem está começando usar o capacete, com certeza. Eu monto já com capacete há oito anos e se for para montar sem eu não tenho coragem não – completa.

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