O excesso de pragas, como a cigarrinha, foi eleito por 59% dos agricultores entrevistados como o principal problema enfrentado na produção. A falta de união da classe é um entrave sério para o desenvolvimento no campo para 54% dos produtores e a falta de políticas de incentivo, para 51%. Questões ambientais foram apontadas por 49%, concentração de frigoríficos, por 43%, e falta de suporte ou morte de pastagem foram eleitas por 43% dos entrevistados.
– Essa pesquisa permitirá a definição de projetos para o setor e servir de base para desenvolver políticas públicas, com informações atualizadas. E repassadas por quem produz – afirma o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
A pecuária é atividade principal para 84% dos agricultores, de acordo com o levantamento. A pesquisa também traça características das propriedades no Estado. Conforme o resultado, em 52% das fazendas são feitas a cria e recria de gado, em 34% é feito o ciclo completo com cria, recria e engorda e em 14% é realizada apenas a engorda dos animais. Também foi medida a área de pastagem em hectares e foi constatado que 51% das propriedades são de pequenos produtores com até 300 hectares. As propriedades rurais com até mil hectares de pastagem somam 29%. Deste limite a 3 mil hectares, 15%, e acima deste montante, 5%.
– O objetivo do Acrimat em Ação foi levar informações e nivelar o conhecimento dos produtores, com ferramentas estratégicas para tomada de decisões e gestão da atividade. Também trazer informação desses produtores para nortear as ações necessárias para a melhoria do setor – diz o presidente da Acrimat, José João Bernardes.
Para visitar as 30 cidades, foram percorridos 9,56 mil quilômetros. As estradas pavimentadas somaram 7,45 mil quilômetros e não pavimentadas 2,11 mil. Durante todo trajeto as condições das estradas, pontes, sinalização, falta de acostamento, buracos e obras em andamento ou paradas, foram identificadas, conforme a Acrimat. Os dados do levantamento serão entregues aos governos federal e estadual.