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Pescadores protestam contra suposta truculência do Ibama em São José do Norte (RS)

Entrada da balsa que leva veículos do município de Rio Grande para a cidade ficou obstruída por duas horasCentenas de pescadores de São José do Norte, no sul do Rio Grande do Sul, protestaram nesta tarde contra o que chamam de "truculência" por parte da fiscalização do Ibama. Eles alegam ter sido ameaçados e ter o material de trabalho retirado durante vistorias do órgão, que nega as acusações.

Nesta quinta, dia 7, os pescadores trancaram a entrada da balsa que transporta os veículos de Rio Grande para São José do Norte pela Lagoa dos Patos. A embarcação com carros e caminhões ficou aguardando próximo ao atracadouro. Os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaços de madeira. Houve discussão com a polícia que culminaram com agressões. Ninguém, entretanto, ficou ferido.

Os ânimos só se acalmaram a partir da chegada do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar (BM) de Rio Grande, por volta de 15h30min, quase duas horas depois do início do protesto. Após a extinção do fogo, a balsa atracou e voltou a operar.

De acordo com os pescadores, fiscais do Ibama estão “invadindo as casas armados e recolhendo todo o material”, mesmo os que estariam regularizados.

– Eram mais de 20 [fiscais]. Eles chegaram na minha casa, foram à barraca onde guardo as coisas para trabalhar, invadiram e recolheram as redes, baterias, tudo. Eu sou regularizado, tenho autorização para pescar em todo o Brasil. Não sou bandido, sou trabalhador – falou Carlos Rosa Batista, 31 anos. Ele reclamou também que a limitação de 10 redes por pescador reduz a possibilidade dos trabalhadores.

O Ibama afirma desconhecer as acusações. Segundo o analista ambiental Régis Fontana Pinto, responsável pela fiscalização do órgão no Estado, as vistorias tem sido “normais”. Ele explicou que a visita faz parte do padrão para manter a organização da pesca e que o único caso excepcional, em que foi necessário que a BM usasse armas, deu-se quando um grupo fugiu, em um caminhão para uma mata, causando danos também a outra parte da natureza.

– A Lagoa dos Patos exige licenciamento ambiental especial, que deve ser renovado anualmente. Há muitos pescadores que chegam aqui com o licenciamento normal, válido em todo o Brasil. Esses não podem pescar na Lagoa. Se quiserem ir para o mar, sem problemas. Essa mudança na regulamentação foi parte de uma ação civil pública.

Sobre as 10 redes por pescador, Pinto frisou que o órgão permite que haja redes sobressalentes, mas que não sejam lançadas nas águas.

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