Mais de 1,6 milhão de trabalhadores desempenham atividades em frigoríficos e indústrias de produção de alimentos. O perfil da categoria revela que 60% dos trabalhadores estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste. Os homens são maioria, representando 71% dos empregados, e ganham mais do que as mulheres, que recebem, em média, 72% da remuneração paga a eles. Os maiores salários estão no Sudeste, e os mais baixos, no Nordeste.
– É importante para começarmos a focar nossa ação de um forma mais efetiva, mas a ideia geral é começar a fazer perfis de categoria por segmento, então, perfil da categoria da indústria da carne, da categoria de bebidas. Assim, conseguiremos realmente entender o porquê das desigualdades – destaca o pesquisador do Dieese Fernando Amorim.
Com base nos dados, as entidades pretendem reduzir as desigualdades entre os empregados.
– Esse estudo é de fundamental importância. Primeiro porque ele vai mostrar exatamente quais são as regiões em que nós precisamos fazer um investimento maior na organização dos trabalhadores, principalmente no setor de frigoríficos e usinas de açúcar – aponta o presidente da CNTA, Artur Camargo.
Na quarta, dia 24, a CNTA e outras entidades sindicais farão uma marcha em defesa de mudanças trabalhistas, como a redução da carga horária semanal de 44 para 40 horas e o fim do fator previdenciário. Os trabalhadores caminharão do Centro de Brasília (DF) até o Congresso Nacional.