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A dissertação de mestrado da veterinária Madeline Rezende Mazon está baseada na análise comparativa do desempenho, características de carcaça e qualidade de carne entre os ovinos castrados e não-castrados. O projeto teve início no final de 2011, buscando inovações em pesquisas com relação a características e qualidades do comércio de ovinos.
– Sempre constatamos reclamações de cheiro ruim, sabor desagradável. Por isso, queríamos avaliar se a castração dos animais logo após o desmame e o tempo em que eles ficam no confinamento iriam melhorar ou piorar essas características da carne – afirma a pesquisadora.
Foram avaliados 48 ovinos. Conforme a pesquisadora, os animais foram alojados por baia de acordo com peso inicial . Após 14 dias de adaptação ao local, foram alimentados com uma dieta contendo 75% de grãos de milho inteiros, 20% de pelete proteico mineral e 5% de feno de capim coast cross.
Os animais foram desmamados aos 90 dias de idade e, após a adaptação, 24 foram castrados com o burdizzo aos 113 dias de idade. A alimentação e as sobras foram pesadas diariamente para determinações de matéria seca e eficiência alimentar. Madeline explica que os animais foram pesados no início do experimento e eram realizados acompanhamentos a cada 14 dias da evolução do peso.
– Já esperávamos que os animais não castrados tivessem efeito da testosterona como anabolizantes, fazendo-os obter melhores resultados de desempenho. No entanto, esperávamos que os animais castrados tivessem melhores resultados na análise sensorial e no perfil de ácidos graxos, supondo que, sem a ação da testosterona, o odor e sabor ovino apresentassem diferenças significativas, o que não foi encontrado – afirma.