Na primeira quinzena de junho, a Assocon foi a campo para ouvir novamente a opinião dos pecuaristas e o resultado apresentado mostrou uma pequena variação negativa, de 1,2% em comparação ao primeiro levantamento realizado em março. Ainda assim, um crescimento de aproximadamente 4,4% é esperado no total confinado pela entidade em 2009, que é estimado em mais de 492 mil bovinos.
Segundo Bruno Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pela pesquisa, o resultado do segundo levantamento demonstra que, entre os sócios da Assocon, as projeções se mantiveram quase todas inalteradas, somente alguns fizeram ajustes.
O diretor executivo da Assocon, Juan Lebrón, considera positivo o cenário do confinamento, uma vez que mais de 90% do gado já está comprado e os preços futuros sinalizam para uma arroba na casa dos R$ 90,00.
? Sem dúvida nenhuma, o pecuarista que se programou com a compra de boi magro e insumos no início do ano, e apostou na atividade em 2009, colherá seus frutos agora com o retorno financeiro ? afirma Lebrón.
Para o diretor executivo, por outro lado, estima-se pelo mercado que o confinamento no Brasil poderá manter os mesmos números de 2008 a até apresentar uma redução de 10%. No Estado do MT, por exemplo, já é apontada uma queda de 11%. Outros agentes apontam queda de 2,5% a 10%. Se analisados os números de 2008, de 2,7 milhões de cabeças confinadas, a redução de 10%, cria um vazio de aproximadamente 270 mil animais que seriam abatidos principalmente entre agosto e novembro.
? A atividade do confinamento de maneira geral no Brasil sofre com o elevado custo de produção, a relação de troca deficitária e o cenário de desconfiança que ainda existe no setor agropecuário ? conclui Lebrón.