Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Pesquisadores ensinam como manter os bovinos bem nutridos em todas as épocas do ano

Publicação da Embrapa Gado de Corte ensina técnicas para o pecuarista alcançar e manter o peso ideal para os animais de abateManter os bovinos bem nutridos o ano inteiro é essencial para o produtor que deseja aumentar a produção e a produtividade do rebanho. Para auxiliar o pecuarista, a Embrapa Gado de Corte lançou o livro “Nutrição de bovinos de corte- fundamentos e aplicações”. A publicação é grátis.

Fonte: Fernando Carvalho/Arquivo Pessoal

• Faça o download do livro

Especialistas da área de nutrição de ruminantes afirmam que independente da época do ano, os animais devem ter acesso à água de boa qualidade, vitaminas, minerais, energia e proteína. Os autores ensinam que o primeiro passo para promover um bom esquema nutricional do rebanho é conhecer a exigência dos animais, depois, partir para um planejamento, definição e adoção da estratégia nutricional.

Outro ponto de destaque é que a exigência nutricional de um bovino varia em função do peso corporal, categoria, estado fisiológico, o uso de promotores de crescimento e até do ambiente em que vive. Um garrote e uma novilha da mesma idade e raça, por exemplo, podem ter exigências diferentes de energia e proteína, por estarem em momentos diferentes de suas curvas de crescimento.

Estas e muitas outras explicações e dicas estão narradas na publicação organizada em 10 capítulos que descrevem os conceitos, as técnicas, estratégias e experiências em nutrição de bovinos. Editada por três pesquisadores da Embrapa Gado de Corte (MS); Sérgio Raposo de Medeiros, Rodrigo da Costa Gomes e Davi José Bungenstab.

O livro aborda uma série de temas, dentre eles: valor nutricional dos alimentos, suplementação a pasto, semiconfinamento, confinamento, fórmulas de suplementos que o produtor pode fazer na própria fazenda, até recomendações de infraestrutura de cochos.

Suplemento de baixo custo para o período seco

Um dos capítulos do livro pode chamar atenção do produtor para a época seca que se inicia. Trata-se de estratégias de suplementação para o período de estiagem. Os autores abordam as principais formas de suplementar os animais na estação seca, alertam para a utilização inadequada de ureia que pode intoxicar os animais, ensinam como preparar um suplemento à base de sal com ureia e como fornecer aos animais.

– As principais formas de suplementação na seca são o sal mineral com ureia, o proteinado ou mistura múltipla e a ração de semiconfinamento, em todos os casos recomendamos que a lotação da pastagem seja próxima de um animal de 450 quilos por hectare. Lotações maiores somente quando houver fartura de pasto – explica Rodrigo da Costa Gomes.

O consumo recomendado é de 100 gramas por Unidade Animal (UA) (uma UA corresponde a um animal de 450 quilos), sendo cerca de 30% dessa quantidade de ureia. O espaço linear de cocho recomendado é de, no mínimo, seis centímetros por animal. O alerta é para a utilização inadequada de ureia, podendo levar o animal à morte. Portanto, não se deve fornecer ureia para animais em jejum e/ou muito magros. 

Outra dica é quanto à adaptação dos bovinos ao consumo de ureia. Para isso os autores sugerem: na primeira semana servir dois sacos de sal mineral convencional e um saco de sal mineral com ureia. Na segunda semana, um saco de sal mineral convencional e um saco de sal mineral com ureia e na terceira semana em diante apenas sal mineral com ureia.

Para melhor aproveitamento, a ureia deve ser associada a uma fonte de enxofre, de maneira que seja atendida a relação de 10 a 15 partes de nitrogênio para uma parte de enxofre. De forma prática, para cada 100 quilos de ureia pode-se adicionar quatro quilos de flor de enxofre ou 15 quilos de sulfato de amônia.

O livro traz outros exemplos de formulações e os principais cuidados no fornecimento da ureia, como: não utilizar em pastos com baixa disponibilidade de forragem, mas priorizar os de alta disponibilidade e baixo valor nutritivo, como as pastagens vedadas; misturar bem a ureia no sal mineral e fornecer continuamente; fornecer a mistura, de preferência, em cochos cobertos; os cochos devem estar assentados em desnível e serem furados, para drenar eventual água de chuva. Dessa forma evita-se o acúmulo de água e o risco de intoxicação pela ingestão excessiva da ureia solubilizada.

Sair da versão mobile