Rico em cálcio e proteínas, o leite faz parte da alimentação dos brasileiros, que consomem 28 bilhões de litros por ano. Agora as atenções se voltam para o produto orgânico, livre de qualquer tipo de resíduo de medicamento.
? Normalmente os sistemas convencionais utilizam produtos químicos para controle de parasitas, que é o que mais acomete nos rebanhos leiteiros nessa região e em todo o Brasil e o processo de substituição desses produtos químicos por produtos homeopáticos e fitoterápicos, que não deixam nenhum tipo de resíduo nem no leite nem na carne, são utilizados em sistemas orgânicos de produção ? explica o pesquisador da Embrapa Cerrados, João Paulo Guimarães.
Uma rede de pesquisa foi implantada para aprimorar esse segmento, cabe à Embrapa Cerrados desenvolver uma pastagem livre de insumos químicos.
? Nenhum desses produtos usados convencionalmente pela lei e a Instrução Normativa podem ser usados para sistema orgânico. Então, nós vamos avaliar produtos alternativos para fixação de nitrogênio no solo a saída são as leguminosas, fósforo pode ser substituído pelo fosfato de rocha natural e o potássio pelo pó de rocha ? declara o pesquisador.
O objetivo é estimular a cadeia de leite orgânico no país. Hoje são produzidos cinco milhões de litros por ano. O que representa apenas 0,01%. O cultivo diferenciado rende aos produtores um valor 50% maior do que o leite comum. Além disso, é garantia de uma bebida mais saudável.
? A ideia do orgânico é muito interessante porque hoje cada vez mais tem se utilizado substâncias para aumentar essa produtividade, aumentar essa qualidade, mas que por outro lado, está indo contra aspectos nossos porque a partir do momento que a gente consome muitos alimentos com esses resíduos químicos a gente acaba também ingerindo e tendo a necessidade de usar muito por exemplo do nosso fígado para biotransformar , como chamamos, e eliminar esses resíduos químicos do nosso organismo ? informa a nutricionista, Luciane Félix.