Em uma entrevista à TV alemã ARD, Bahr se disse “cautelosamente otimista” ao avaliar que a situação está melhorando, mas advertiu que deve haver mais mortes, já que novos casos continuam aparecendo a cada dia.
O surto iniciado há duas semanas no norte da Alemanha já infectou mais de 2,4 mil pessoas e provocou 24 mortes. Centenas de pessoas também desenvolveram complicações renais e neurológicas.
O governo alemão foi duramente criticado pela forma como lidou com o caso. Inicialmente, as autoridades do país haviam responsabilizado pepinos importados da Espanha como a fonte da contaminação pela E.coli, mas testes não comprovaram a contaminação nos legumes.
No último fim de semana, uma fazenda produtora de brotos de feijão próxima de Hamburgo foi apontada como a origem da contaminação, mas até o momento os testes não indicaram a ligação.
O caso provocou grandes perdas aos produtores agrícolas europeus. A Rússia, principal mercado para os legumes e verduras da União Europeia, anunciou na semana passada a proibição da importação desses produtos.
Nessa terça, dia 7, a União Europeia propôs um fundo de 150 milhões de euros (R$ 347 milhões) para compensar os produtores pelas perdas.
Mas ministros da Agricultura dos países do bloco dizem que é necessário mais e pedem uma compensação total aos produtores pelas perdas, estimadas em até 417 milhões de euros (R$ 962 milhões) por semana.