? A pastagem nativa é muito pobre em nutrientes nesse período e não supre a necessidade dos animais ? diz o engenheiro agrônomo da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), José Hugo Félix Borges. Por isso, é importante complementar a alimentação com forragem.
A fazenda-modelo é administrada por um grupo gestor representando 39 comunidades do distrito rural de Itamotinga. Segundo o Sebrae, mais de 1700 pessoas compartilham os aprendizados sobre criação de caprinos e ovinos.
Este ano, numa área coletiva de nove hectares, os produtores plantaram a forragem que está sendo útil nesse período seco. Além da área da fazenda, em outras dez comunidades houve planejamento para o plantio.
? Antes, a gente deixava de vender animais na seca porque eles não engordavam o suficiente pro abate ? avalia a presidente do grupo gestor, Marlene Roriz.
Num ano em que os índices pluviométricos ficam bem abaixo da média, como este de 2010, a conservação e armazenamento de forragem são imprescindíveis, segundo o engenheiro agrônomo. De acordo com o laboratório de meteorologia da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), de janeiro a junho deste ano, em Juazeiro, as chuvas ficaram bem abaixo da média. O registro é de 211 milímetros, cerca de 60% do que normalmente chove no primeiro semestre
O trabalho de manejo com animais feito na Fazenda Icó tem ajudado na organização dos produtores da região de Juazeiro. O trabalho é fruto da parceria entre o Sebrae e instituições como a Fundação Banco do Brasil (FBB). Cerca de 60% da estrutura física da propriedade, concebida em 2004, foi adquirida através de um convênio com a FBB. Também são parceiros no projeto a prefeitura de Juazeiro, Embrapa, Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Banco do Nordeste, Governo do Estado da Bahia e Adab (Agência Estadual de Defesa Agropecuária).