Um dos principais problemas dos pecuaristas, além do prejuízo financeiro, é o fato de que a planta não pode ser cortada, por se tratar de espécie nativa. Além de matar o gado, o timbozinho também tem efeito abortivo. Cerca de 25% das vacas perderam a cria nos últimos três meses da gestação.
O dono da fazenda, Fernando Roberto Valmórbida, conta que o timbozinho ataca o coração do boi, causando ataques fulminantes. Ele relata que os animais intoxicados começam a apresentar tremedeira após ingerir as folhas da árvore que caem ao chão.
A intoxicação não é imediata, mas se manifesta diante de qualquer esforço físico dos animais. No inverno, quando a pastagem é mais escassa, a situação fica ainda mais difícil. Isso porque o timbozinho é uma das primeiras plantas que começam a brotar. Com isso, o verde atrai a atenção dos animais, que acabam ingerindo as folhas.
Segundo o veterinário e pesquisador da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Antonio Maria Hermes, o problema se agrava porque a árvore é comum na região e não existe em outras partes do Brasil. A substância tóxica do timbozinho é produzida durante todo o ciclo da planta e tem efeito cumulativo no organismo dos animais. Conforme Hermes, as folhas murchas, que acabam se misturando à pastagem, têm efeito ainda mais intenso.
? O produtor não deve podar os galhos, pois eles crescem com mais força ? orienta o pesquisador da Cidasc.