Há pouco mais de duas semanas, a polêmica divide opiniões de indústria, produtores, Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura do Estado. No centro das discussões, está a predisposição dos suínos à gripe A. O grupo se reúne às 14h na Superintendência do ministério, em Porto Alegre, para definir a questão.
O Ministério da Agricultura sugere a exclusão dos suínos, com a intenção de evitar o contato desses animais com pessoas infectadas, que poderiam transmitir gripe aos porcos. Não há comprovação de que os suínos possam contaminar outras espécies de animais.
O que já ficou definido ? e aceito pelos suinoculturores ? no início deste mês foi que fêmeas prenhes e leitões recém-nascidos não serão levados à Expointer. Isso porque costumam atrair a criançada.
Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, afirma que é incorreto quebrar a barreira de biosseguridade expondo os animais à aglomeração, como na Expointer:
? Levar o animal para uma exposição e depois permitir o retorno desse exemplar para dentro da criação é um risco sanitário que nós recomendamos que não seja corrido.
Entre os que defendem a exclusão dos suínos da feira, os prejuízos apontados são econômicos, como o fechamento de mercados internacionais. Para a ponta que apoia a ida, a entidade dos produtores, a feira é o local de fazer e prospectar negócios.
A Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), está desenvolvendo uma cartilha para orientar a cadeia sobre os cuidados com a gripe A.