O serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) chegou ao local após um mês de monitoramento do transporte de animais. A suspeita é de que eles pudessem ser usados na farra do boi. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) foi informada pela PM sobre o caso e atuou na apreensão dos animais. Quinze policiais deram apoio à operação.
Não havia documento próprio para transporte
Os animais possuíam brincos de identificação, mas os dados não conferiam com os da fazenda. Segundo o veterinário Clóvis Barbosa, coordenador de agropecuária da Cidasc, a maioria dos animais era de fazendas de Tijucas, mas alguns brincos de bois correspondiam a fazendas de Biguaçu e Florianópolis. Nenhum dos bois possuía Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte.
Os animais foram levados a um frigorífico em São José, na mesma região, para abatimento (as carcaças passarão pela análise do serviço de inspeção, e se não houver problemas sanitários, a carne poderá ser destinada ao consumo).
Quem comprovar a propriedade dos animais poderá requisitar a carne desde que pague todas as taxas e multas. Conforme Barbosa, os animais estavam em bom estado de saúde, porém, magros.
Segundo o capitão da PM Vitório Radichewski Júnior, não é possível afirmar que os animais seriam utilizados na farra do boi.
Houve uma certa resistência para a retirada dos bovinos, mas não foram registrados problemas para a apreensão. O dono da fazenda não foi encontrado para comentar a questão.