A Polícia Federal abriu inquérito para investigar fraudes feitas dentro do Brasil e no exterior que prejudicam exportadores e importadores de carnes em diversos mercados pelo mundo. O alerta sobre o problema teria sido dado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA),
Em encontro ocorrido nesta terça, dia 19, em Brasília, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, e o vice-presidente de aves da associação, Ricardo Santin apresentaram à Polícia Federal mais de 500 casos relatados pelos associados. São situações como clonagem de sites de empresas exportadoras, boletos de vendas que não aconteceram, falsificação de rótulos de produtos que não foram produzidos no Brasil, utilização de SIF’s falsos, entre outros.
De acordo com Santin, o requinte das fraudes chega à clonagem de e-mails, com a inclusão de uma letra a mais no sobrenome de funcionários das empresas, ou com a inversão da designação ‘br’ dos endereços eletrônicos. “Estas quadrilhas contam até mesmo com contas bancárias e escritórios falsos”, explica o executivo.
Conforme a ABPA, os fraudadores estariam localizados no Brasil e em países que importam o produto brasileiro.
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Turra afirma que os criminosos têm realizado vendas inexistentes ou aplicando rótulos de indústrias brasileiras em carnes não produzidas aqui, prejudicando a imagem do país. “A Polícia Federal nos garantiu que tomará todas as medidas cabíveis, até mesmo acionar a Interpol”, disse ele.
Para preservar a investigação, inicialmente não serão divulgados os nomes das empresas afetadas.
Contra as fraudes, as agroindústrias já desenvolveram áreas especializadas em seus setores de compliance, buscando minimizar as ocorrências. A ABPA, por meio de sua comunicação internacional, tem informado clientes e autoridades estrangeiras sobre estes problemas, orientando sobre a necessidade de reforçarem cuidados.
