O Porto de Paranaguá fechou o mês de abril com a maior movimentação de sua história. Foram 5,5 milhões de toneladas embarcadas, número 30,9% maior que no mesmo período de 2019.
“O sistema logístico do Paraná é muito bom em relação ao restante do país. Temos um porto eficiente, todo o Estado pavimentado e com asfalto de qualidade, embora algumas regiões precisem de duplicação. A preocupação é ampliar a malha de transporte ferroviário”, diz o consultor de logística da Resultados da pesquisa Resultados da Web Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo.
De janeiro a abril, o volume do porto também impressiona: 18,8 milhões de toneladas. Quase um terço desse volume – 5,8 milhões de toneladas – corresponde a carga de soja, o que atesta que essa movimentação intensa tem relação direta com a supersafra de grãos.
“Conseguimos atender a essa demanda perfeitamente, mostrando ao mercado que temos condições de atender a um volume maior, com a nossa qualidade já reconhecida”, ressalta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste – também fechou abril com desempenho histórico, batendo recordes de movimentação da região Oeste, com 160 mil toneladas – ultrapassando o recorde anterior, registrado em abril de 2019, quando 115 mil toneladas haviam sido movimentadas.
Ampliações e Otimizações
Projeções do governo federal apontam que, dentro de uma década, o volume embarcado anualmente pelo Porto de Paranaguá deve saltar de 53 milhões de toneladas para 65 milhões de toneladas.“Precisamos resolver a interligação ferroviária entre Guaíra e Cascavel e, principalmente, priorizar o transporte por trens, para que possamos escoar a nossa produção de forma mais eficiente”, pontua Camargo.
“Precisamos nos preparar para esse aumento que deve ocorrer em dez anos. Alguns ajustes precisam ser feitos. Hoje, 75% do que são embarcados no Porto de Paranaguá chegam por via rodoviária. Não podemos manter a matriz logística de chegada em 75% rodoviário e 25% ferroviário. Temos que melhorar essa distribuição”, afirma Garcia.