O Porto de Santos deve suspender as operações com cargas vivas, informa carta enviada ao deputado federal Ricardo Izar (PP-SP) pelo diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Carlos Henrique Poço. Os motivos pelo pedido estariam relacionados a questões ambientais e de bem-estar animal.
No documento, o diretor diz a Izar – que é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Animais – que a missão da Codesp é o desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental, “não caracterizando sob nenhuma hipótese” a intenção de desrespeitar a vida animal.
O parlamentar confirmou o recebimento da carta e disse que a manifestação foi uma resposta a um pedido feito por ele em dezembro. O deputado pediu a suspensão das operações com cargas vivas após o embarque de 21 mil cabeças de gado enviadas à Turquia, via Porto de Santos. Izar considera que a operação resulta em maus-tratos aos animais.
Na carta, Poço diz também que traz “a preocupação do Exmo. Deputado Feliciano Filho (PSC-SP) com o tema”. O deputado paulista é o autor do polêmico projeto de lei institui a “segunda sem carne” em órgãos públicos do Estado.
Medida preventiva
Por meio de nota, o Porto de Santos informou que a suspensão das operações de embarque de carga viva decorre por medida preventiva. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto, adotou a medida por causa de processo que tramita no órgão regulador (Antaq) sobre as operações. “Até que se conclua o trâmite, as operações estão suspensas. Após a manifestação do órgão competente, a Codesp tomará as medidas cabíveis”, diz.