• A partir de 10 de abril, todos animais importados dos EUA passarão por quarentena
Em entrevista ao Rural Notícias, Rui Vargas, vice-presidente da Associação disse que ainda não recebeu resposta oficial sobre o pedido e que o governo precisa tomar medidas para tranquilizar o setor. Segundo ele, vários estudos estão em curso nos EUA, para descobrir a causa da doença, que já matou sete milhões de animais desde maio de 2013.
– Como a causa é desconhecida, a gente não sabe que medidas tomar para evitar a entrada deste agente no país – explica.
A doença eliminou 15% dos leitões da produção norte-americana. Uma taxa de mortalidade bastante alta, segundo Vargas. Caso entrasse no Brasil, boa parte do plantel de abate estaria ameaçado.
O Brasil é hoje o quarto maior produtor de carne suína do mundo, com 2,8 milhões de toneladas e média de 520 mil toneladas exportadas ao ano. Vargas informou que já houve procura de países que importavam dos Estados Unidos.
– Já tivemos alguns contatos de alguns países importadores no sentido de saber se nós teríamos condições de fornecer carne suína, que não pode ser fornecida pelos EUA e também fomos questionando se temos ou não essa enfermidade no país – contou.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, confirmou novamente a decisão de não suspender a importação de suínos dos Estados Unidos, porque esse fechamento sem critérios poderia dar margens para outro país fazer o mesmo com o Brasil no futuro.
Segundo ele, o Ministério vem se antecipando para mitigar os riscos, aumentando o grau de exigência dos requisitos sanitários para o país de origem e procedimentos adotados no Brasil na chegada dos animais importarmos de todos os países fornecedores.
Marques garantiu que a comparação da diarreia suína com a febre aftosa não é legítima. A doença da febre aftosa está listada na Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) e avalia o comportamento sanitário dos países. Já a diarreia suína tem condições de ser reduzida e combatida e mitigada com medidas de biossegurança, por parte do setor privado.
– Por parte do Governo, estamos acompanhando as descobertas científicas para rever nossa posição caso seja necessário – concluiu Marques.
Veja a entrevista com Rui Vargas, da ABPA
Veja a entrevista com Guilherme Marques, do Mapa